Ex-ministro da Saúde acusa governo Lula de “irresponsabilidade” ao deixar milhões de brasileiros sem vacina

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O médico e ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou nesta terça-feira (16) a decisão do Governo Lula de vacinar os brasileiros contra a dengue apenas a partir de maio, priorizando crianças entre 6 e 16 anos.

Confira o artigo a seguir:

“Diante da maior epidemia de dengue dos últimos anos, com números elevados de casos também em 2024, o Ministério da Saúde bate cabeça, em uma mistura de negligência e irresponsabilidade, deixando milhões de brasileiros sem vacina.

Hoje foi anunciado que o Ministério da Saúde deve priorizar crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos, quando a vacina poderia ser aplicada desde *4 até 60 anos.

As vacinas contra a dengue foram aprovadas pela Anvisa no Brasil desde março de 2023 e foram esnobadas pelo governo federal, que optou por aguardar uma vacina nacional ainda sem previsão de registo no país. Ou seja, negligenciou-se um problema que já se apresentava grave.

Em vez de aguardar a vacina nacional, o Ministério da Saúde poderia, mesmo antes da aprovação da vacina japonesa na Anvisa, negociado com a indústria farmacêutica a aquisição de todo lote de vacinas disponíveis para o Brasil, restringindo-as a aplicação no SUS. Em vez disso, aguardou a indústria submeter a demanda de incorporação à Conitec, e após idas e vindas, resolveu incorporar tardiamente a vacina no SUS.

O resultado não poderia ter sido outro: Vários milhões de brasileiros apartados da vacina, com as consequências culminadas: Em 2023, a cada dia, mais de 3 brasileiros morreram de dengue no país.

São cúmplices desse governo, boa parte da mídia e os especialistas omissos que se calaram todo esse tempo”.

Marcelo Queiroga – Médico e ex-ministro da Saúde

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