Cícero assumiu risco ao nomear filha para Saúde em João Pessoa – Por João Paulo Medeiros

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Foto: PMJP

Dias atrás um empresário de São Paulo foi indiciado por dolo eventual, depois de ter conduzido um veículo de luxo a 150 quilômetros por hora e de ter provocado um acidente e a morte de um motorista por aplicativo. Ele, de acordo com as autoridades, tinha ingerido bebida alcóolica, e assumiu o risco de provocar uma tragédia. Mas qual a relação disso com o título do post e com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena?

Cícero assumiu um risco, enorme, de nomear a própria filha – Janine Lucena – para a Secretaria Executiva de Saúde. 

Ao dizer isso não estou questionando a competência dela para o exercício do cargo, muito menos fazendo qualquer juízo de valor antecipado sobre os fatos divulgados na última sexta-feira pela Polícia Federal na Operação Mandare. Longe disso.

A análise feita aqui é sobre o risco de danos à imagem do gestor e da gestão. É que nos dias atuais, não é recomendável nem que prefeitos de pequenas cidades coloquem parentes no comando de pastas, sobretudo em áreas sensíveis como a Saúde. Imagine só de uma Capital de Estado, onde o controle sobre nomeações, contratos, licitações é consideravelmente menor que em municípios menores.

A probabilidade de transtornos, cobranças e do surgimento de investigações, por órgãos de fiscalização, é elevada. E ocorrendo… o problema é levado para dentro da cozinha do prefeito, arranhando mais diretamente a imagem do gestor.

Foi o que aconteceu no caso da Mandare. O mandado de busca cumprido pela PF na casa de Janine dá munição, pesadíssima, para os adversários de Lucena no processo eleitoral deste ano.

O prefeito, tempos atrás, foi até aconselhado ao não nomear a filha. Mas não deu ouvidos aos conselhos. Agora terá que pagar o preço, no desgaste de sua imagem, da escolha que fez. 

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