Sem programa de Governo e com discurso retrógrado popularidade de Lula segue em queda – Por Júnior Gurgel

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Um núcleo de voluntários do curso de gastronomia da PUC-RS, composto por alunos, professores e profissionais da área, está preparando diariamente 12 mil refeições para alimentar nos três turnos (manhã, tarde e noite) equipes que trabalham no resgate, assistência às famílias ilhadas e desabrigados alojados.

O repórter da TV que entrevistava a coordenadora desta grande cozinha perguntou como, em tão pouco tempo, conseguiram montar aquela estrutura, e seu perfeito funcionamento. A resposta foi simples: selecionamos e reduzimos o número excessivo de pessoas que se dispunham a ajudar, mas atrapalhavam. Todos tinham uma ideia diferente, geraram discussões inócuas e debates improdutivos. Dificultava até a locomoção dos que estavam já trabalhando no próprio ambiente.

Isto é exemplo de gestão. Modelo que deveria ter sido adotado pelo governo Lula III, logo quando assumiu. Ao invés de enxugar ainda mais a máquina, definir o “cardápio” para os quatros anos de sua gestão, lotou a Esplanada dos Ministérios, Palácio do Planalto, Autarquias e até Estatais. Os escolhidos, na ânsia de mostrarem serviço e tirarem proveitos políticos de suas funções, saíram vendendo produtos que não dispunham em suas prateleiras, nem no depósito. Prometeram viagens aéreas para a terceira idade – acima dos 60 anos – com passagens ida e volta ao preço de R$ 200,00.

O MST recebeu carta branca (em off) para invadir terras, respaldado no novo Ministério criado para assistir a agricultura familiar. O Agro é um só, por que dividi-lo? A Petrobras iria “abrasileirar” os preços dos combustíveis, abandonando uma política internacional de preços, onde acomodam-se chineses, americanos, russos e árabes até venezuelanos. Reinventariam a roda? Começaram a rediscutir toda legislação do governo anterior, a partir do marco regulatório do saneamento básico, independência do Banco Central, demarcação de terras, diversos programas distributivos de dinheiro como o Bolsa Renda, que saltou de 38 bilhões em 2019, para 230 em 2023. PEC que desconstituiu a lei do teto de gastos, e criou em seu lugar uma “estrovenga” denominada “arcabouço fiscal”, que resultou em fuga de investidores e capitais.

A gula petista estava padecendo de inanição. A fome era grande. Sobreviveram a um jejum imposto desde 2016, pelo governo Temer. Lula empossado, todos correram para a mesa. Mas, os pães eram insuficientes. Diz um adágio popular que “em mesa de pouco pão, todos gritam e ninguém tem razão”. Para fugir da pressão, o caduco Celso Amorim, que não se recorda mais da queda do muro de Berlim, criou uma agenda internacional para projetar Lula como um novo líder das esquerdas internacionais anti-imperialista – tentando reunir todos para emparedar os Estados Unidos. Coitado! Foram 15 viagens e visitas a 24 países, dentre os quais Portugal, para Janja receber uma comenda, e Chico Buarque uma homenagem. Um fiasco total. Aborreceu a todos ao se meter na secular política do Oriente Médio, onde até a diplomacia americana tem dificuldades em transitar entre a Liga Árabe, seus aliados, Judeus e Persas (Irã).

No Brasil, desde a posse, é hostilizado pela maioria da população. Mesmo com todo apoio da grande mídia, que optou pela “omissão” do seu desgaste e descredibilidade generalizada, permanece preso ao núcleo “militante” que insiste na velha demagogia da fome e desigualdade, com soluções marxistas/Leninistas testadas desde 1917 e que nunca funcionaram. O ser humano continua nômade, eterno peregrino em busca de prosperidade. Qual o programa “carro chefe” do governo Lula III? Simplesmente não existe. Nos últimos vinte dias, os gaúchos clamam por uma ação governamental. Lula ainda não teve sequer a capacidade de vender “esperança”. Seu núcleo está preocupado em censurar as redes sociais, brigar com o Congresso, bajular o STF para blindá-lo. E com olhos no retrovisor, saber por onde anda Bolsonaro. Para sorte do PT, enfermo, hospitalizado e sem previsão de alta. Senão, estaria no RS, comandando equipes de voluntários, salvando vidas, arrecadando recursos, próximo ao povo. O que impede Lula de fazer o mesmo? A Genial Quest (cozinha do Alvorada) constatou que 55% dos brasileiros não concordam em dar mais um mandato a Lula.

Por Júnior Gurgel

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