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Advogado considera “surreal” decisão da Justiça da Argentina pela prisão domiciliar de Antônio Neto

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O advogado Artêmio Picanço, principal responsável por localizar e entregar à Polícia Federal provas que levaram à prisão de Antônio Inácio Silva Neto, dono da Braiscompany, considerou “estranha”, “surreal e com uma série de “contradições”, a decisão da Justiça da Argentina que concedeu prisão domiciliar a Antônio Neto.

“Motivo aparente não há. É uma situação bem atípica. No documento eles falam que a Fabrícia [Fabrício Campos, esposa de Antônio Neto] tem crises de ansiedade, de pânico, hipertensão, cardiopatia. Essa é a principal linha e que, em razão disso, ela não consegue ser mãe. Aqui é um tapa na cara de diversas mães que são solteiras. Dizem no documento que, em razão da ausência paterna, que os filhos estavam sentindo falta, que foram privados da convivência com o genitor, precisariam colocar ele em prisão domiciliar para auxiliar na criação e no sustento econômico dos meninos. A Fabrícia ter sido solta, a gente até entende, porque tem as crianças. Agora ele, não. É como se ela não tivesse capacidade de ser mãe por si só. É uma série de contradições”, disse.

O advogado também citou um trecho da decisão que permitiu a Antônio Ais ir para prisão domiciliar e que, solto, pode voltar a atividade que exercia lá. O trecho da decisão diz: “É de se considerar que da Silva Neto, antes de ser preso, se sustentava economicamente a partir da venda de antiguidades restauradas através do portal virtual Mercado Livre”.

Segundo o advogado, a Justiça argentina trata o casal, que entrou de forma irregular no país, como sendo “imigrantes”. “O mais curioso é que na própria decisão fala disso, que ele entrou de forma irregular”, ressalta Artêmio.

De acordo com o advogado, a única parte boa na decisão é que confirma que há o procedimento de extradição. Ele acredita que o casal será extraditado. “Provavelmente ele vai tentar dificultar essa extradição e, sendo extraditado, que provavelmente é isso o que vai acontecer, ele pode tentar ser realocado em um presídio de outra unidade federativa que não a Paraíba. Ele vai alegar uma série de coisa, inclusive que está com receio de morrer pelo que ele fez”, disse.

A entrevista foi dada ao Jornal Estadual da Rádio Tabajara, onde Artêmio Picanço, que representa diversas vítimas do golpe milionário aplicado por Antônio Ais, também falou sobre como anda o processo movido pelas vítimas.

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