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Campanha de Marcelo Queiroga estancou – Por Júnior Gurgel

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Contagem regressiva: restam 101 dias para a realização do primeiro turno das eleições municipais de 2024. Em João Pessoa, quatro candidatos têm potencial de chegar ao segundo turno, mesmo as últimas pesquisas indicando o prefeito Cícero Lucena à frente dos demais, com a preferência que oscila entre 36% a 40% do eleitorado.

O resultado da disputa está totalmente em aberto. Se fizermos uma leitura correta dos atuais índices, Ruy Carneiro e Luciano Cartaxo ultrapassaram os dois dígitos. Marcelo Queiroga – em ritmo tartaruga – cresce lentamente, em busca de alcançar o segundo dígito. Estes indicadores apontam que só um milagre em favor de Cícero Lucena decidirá o pleito no primeiro turno. Por que Queiroga estancou?

Vence eleições quem anda mais, erra menos e gasta bem. Os dois maiores fundos partidários estão nas mãos de Marcelo Queiroga/Sérgio Queiroz e Luciano Cartaxo/Ricardo Coutinho. Ruy Carneiro tem fiéis seguidores e divide o eleitorado da orla e adjacências, com Cícero Lucena, que tem a “maquina” na mão, poder de caneta e apoio do governador João Azevedo. Mas, quem está nas ruas buscando apoios?

Recordamos 2004, quando tínhamos um horário na rádio Sanhauá, dividindo bancada com o companheiro Maurilio Batista. Ruy Carneiro considerado imbatível – apoiado pelo então prefeito Cícero Lucena e o governador Cássio Cunha Lima – enfrentava Ricardo Coutinho, apoiado discretamente por Maranhão, que indicou seu vice, saudoso Manoel Júnior. Calçando chinelos, suando a camisa, acompanhado pela juventude militante com bandeiras do PSB, panfletava nos semáforos, caminhava nas ruas e avenidas, entrava nos bairros periféricos da capital. Cresceu assustadoramente nos últimos vinte dias da campanha e venceu em primeiro turno.

Luciano Cartaxo (2012) era considerado uma piada. Apoiado pelo saudoso Luciano Agra – que não era político – estava como prefeito em função da vitória de Ricardo Coutinho para o governo (2010), tinha a seu lado apenas o experiente Nonato Bandeira como vice. Enfrentaram a candidata do governador, Estelizabel, e o ex-governador José Maranhão. Luciano copiou o roteiro de Ricardo. Andou muito panfletando pelas ruas e bairros da capital. Foi eleito e posteriormente reeleito.

A única novidade entre os postulantes envolvidos na disputa deste ano é o ex-ministro da saúde, Marcelo Queiroga. Traz ao seu lado o outsider campeão de votos na capital – para o Senado – (eleições 2022), pastor Sérgio Queiroz. Cícero e Ruy já estão em plena campanha há três anos. Ocupam praticamente todo o espaço da mídia. Luciano Cartaxo começa a aparecer. Marcelo Queiroga, é raro ter um registro sobre mobilização de sua pré-campanha. A última notícia minuta sua busca por um “marqueteiro” (?). O seu guru, ex-presidente Bolsonaro, acabou com esta categoria de publicitários, quando venceu uma eleição gravando vídeos de sua garagem. Entretanto, antes da facada, andou muito e bem mais que seus concorrentes.

Para Queiroga chegar ao segundo turno basta pedir a Sérgio Queiroz que use, ou adapte, o seu “marketing” vitorioso de 2022. Queiroga está no PL, tem em seu favor o bolsonarismo, a direita, conservadores patriotas, a comunidade Cristã – Pentecostais, Missionários e Neopentecostais. Parafraseando o genial Thomas Edison, “um invento” (no caso uma candidatura) é 1% de inspiração, e 99% de transpiração.

Por Júnior Gurgel

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