Desenrola: o golpe que vai enganar o povo e o Brasil – Por Júnior Gurgel

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O programa eleitoreiro populista do governo federal “DESENROLA BRASIL” é mais um golpe arquitetado pela rede bancária privada, que inevitavelmente aumentará no futuro próximo o rombo nas contas públicas do governo federal. O sistema bancário não é uma instituição caridosa. Principalmente no Brasil, onde atua como “varejista de créditos”, operando em curto prazo, buscando lucro imediato. Nunca financiou projetos com retorno e amadurecimento em longo prazo. É o maior inimigo do empreendedorismo, e funciona num estilo de “agiotagem” oficializada.

Quem não conseguiu pagar uma conta de R$ 100 (há cinco ou dez anos) se depara agora com um débito, que em pouco tempo se transformou em R$ 5.000. Valores enxertados de multas, juros sobre as multas, e a abusiva (criminosa) prática do “anatocismo” – cobrança de juros, sobre os juros que não foram pagos. Uma roubalheira sem precedentes, e que só ocorre no Brasil.

Desde o governo do presidente Figueiredo – há mais de quarenta anos – o Congresso tentou criar duas CPI’s. Uma sobre os juros e origem da dívida brasileira. Outra sobre as operações extorsivas dos bancos privados. Nunca conseguiram o número de assinaturas suficientes de parlamentares, para instalarem-nas. Os bancos abortam – despidos de partidarismo – seus futuros membros, quitando misteriosamente seus débitos em suas instituições, e lhes disponibilizando créditos para suas campanhas.

Os três poderes de nossa república são cúmplices deste crime praticado contra seu próprio povo, que lhes paga altos salários. Um promotor público denuncia o crime de “agiotagem amadora” praticada nas ruas, por cobrarem entre 5% a 10% de juros. O Juiz acata e processa. O agiota é condenado pelo crime de usura, Lei 1.521/51. Por outro lado, as financeiras operadoras de cartões de crédito cobram 475% de juros, e nunca foram denunciadas pelo MP, MPF. O maior crime de usura do planeta é impune perante a Lei (?). O “agiota da rua” não é filiado a instituições que “negativam” nomes de seus devedores. Mas, os cartões de crédito, usam o SERASA e SPC, vulgarizam o nome e o CPF do cidadão, que passa a ser considerado inadimplente, e não merecedor de crédito.

Ainda não encontramos a construção de uma planta industrial, ou até mesmo residencial com uma placa: Esta obra é financiada pelo Itaú, Bradesco ou Santander, cartel que controla o crédito no país. Só os bancos estatais como CEF, BNB, BASA e raramente o BNDES – Banco do povo brasileiro – maior da América Latina e do mundo. Foi criado para alavancar o crescimento do País. Todavia, só empresta dinheiro aos “Campeões”: JBS, Odebrecht, OAS, Braskem… O conluio Lavajatista. Quando o ex-ministro Paulo Guedes assumiu a economia do Brasil, desvendou o maior escândalo do BNDES, abafado pela grande mídia: emprestavam ao Itaú, Bradesco e Santander bilhões de reais com juros subsidiados: 3% ao ano, para eles repassarem a 4% ao mês. Cortou imediatamente as operações.

Por que o MPF não ingressou com uma ação em defesa dos brasileiros, os puniu, aplicou-lhes multas, prendeu seus sócios e os fechou?
Lula, para popularizar-se, assumiu a conta de 74,7% dos brasileiros que estavam no SPC/SERASA. Fez uma grande campanha publicitária. Mas, as adesões foram muito aquém do esperado. O povo já vinha sendo enganado pelo “sistema” há décadas. Sabem que quem paga conta renegociada aos bancos entra numa “Lista Negra”, onde eles compartilham informações entre si. Outro crime já denunciado há décadas, negado pelos bancos, e nunca investigado pela PF a pedido do CADE ou Banco Central.

Quem entrou no “desenrola” não terá mais acesso a empréstimos ou cartões de créditos. A prescrição de cinco anos, para não figurar seu nome no SERASA, foi renovada. Não vão conseguir pagar a renegociação, e o governo federal arcará com um custo de algumas dezenas de bilhões de reais – a partir de 2025/2026 – dinheiro que sairá do Tesouro Nacional, aumentando ainda mais o déficit público. Povo e governo se enrolaram. Os bancos se desenrolaram e ampliarão exorbitantemente seus lucros. Grave é governo e Congresso saberem de toda a trama, e perversamente não impedem.

Por Júnior Gurgel

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