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O Grito Silencioso: A Epidemia do Abandono de Animais Domésticos – Por Hermano Araruna

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Nas ruas menos movimentadas das cidades, um problema persistente continua a crescer: o abandono de animais domésticos. Cães e gatos, outrora amados membros de famílias, são deixados à própria sorte, enfrentando fome, doenças e o desamparo em um mundo que não parece ter sido feito para eles.

A prática do abandono, além de ser um ato de crueldade evidente, carrega consigo consequências severas perante a lei. De acordo com o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), abandonar animais é crime passível de multa e até mesmo detenção. A legislação brasileira é clara ao estabelecer que maus-tratos e abandono configuram infrações graves, puníveis com penas que podem variar de três meses a um ano de detenção, além de multa.

As consequências do abandono são múltiplas e profundas. Animais domesticados, acostumados ao calor humano e ao conforto de um lar, enfrentam desafios inimagináveis ao serem literalmente descartados. A luta pela sobrevivência em ambientes hostis muitas vezes resulta em ferimentos, desnutrição e doenças. Além disso, animais abandonados são frequentemente vítimas de atropelamentos, atos violentos por pessoas mal-intencionadas e, em casos extremos, são capturados para rinhas clandestinas ou utilizados como cobaias em práticas ilegais.

Organizações não governamentais e protetores independentes têm lutado incansavelmente para diminuir esse problema crescente. A conscientização sobre a posse responsável de animais, campanhas de esterilização e adoção são algumas das estratégias empregadas para tentar conter o ciclo de abandono. Contudo, a eficácia dessas ações depende também da aplicação rigorosa da legislação existente e do comprometimento de toda a sociedade em denunciar e coibir esse tipo de comportamento.

Em um cenário ideal, cada animal teria um lar responsável e amoroso, onde suas necessidades físicas e emocionais seriam atendidas. No entanto, enquanto persistir a irresponsabilidade de alguns tutores, o papel das autoridades e da sociedade civil é crucial para proteger aqueles que não têm voz. A punição rigorosa para quem desampara animais é não apenas uma questão de justiça, mas também um passo essencial para construir uma sociedade mais humana e compassiva.

É fundamental que todos nós, enquanto cidadãos conscientes, nos posicionemos contra o abandono de animais domésticos. Somente com educação, fiscalização e ação conjunta poderemos construir um futuro onde cada animal tenha a chance de viver com dignidade e respeito.

Por Hermano Araruna

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