Por ampla maioria dos votos, o parlamento da França aprovou na segunda-feira (4/3) o direito ao aborto como uma garantia constitucional, sendo o primeiro país do mundo a tornar a morte deliberada de bebês no ventre materno um dispositivo protegido pela Constituição.
Dos 925 deputados e senadores do país, 780 foram a favor e apenas 73 foram contrários.
No Brasil, a decisão do Parlamento francês gerou críticas do ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que classificou a decisão como reflexo da “cultura do descarte” e da legalização do “assassinato”.
“Além de legitimar o assassinato intra-uterino de seres humanos em sua constituição, a efeméride será comemorada no Dia Internacional da Mulher, mas uma afronta ao direito a vida”, comentou Queiroga.
“A França agora é o paraíso constitucional dos abortistas. A banalização da cultura do descarte não acontecerá impunemente”, ressaltou o ex-ministro.