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Sesap discute saúde integral das populações indígenas do RN

O evento contou com diferentes representantes dos povos indígenas do Rio Grande do Norte

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Foto: Sesap

“Estamos vivos e estamos aqui”. Com um ritual entoado por maracás e cânticos de força, diferentes representantes dos povos indígenas do Rio Grande do Norte abriram o “Colóquio Formativo Intersetorial: Saúde Integral das Populações Indígenas do RN” na manhã desta quarta-feira 7.

O evento, realizado na Escola de Governo, contou com a presença da secretária estadual de saúde, Lyane Ramalho, além da representante da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, Giovana Mandulão, coordenador regional Nordeste II da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Bruno Dias, representantes dos povos indígenas do RN, Carlos Potiguara, liderança Indígena do Amarelão, coordenador da Microrregional do RN da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME), Dailva Bezerra, representante do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (Cosems-RN), Uiacy Alencar, representando a subcoordenação de Atenção Primária em Saúde da Sesap, e Renato Luiz, diretor de Políticas Intersetoriais e Promoção à Saúde da Sesap.

Com o objetivo de ampliar a discussão sobre a saúde indígena a Sesap, em cooperação com a Unesco e a comunidade indígena, produziu um diagnóstico desta população revelando a necessidade de fortalecimento da Atenção Primária em Saúde, bem como trazendo o desafio da instituição de um Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) no estado do RN.

Recentemente, a Sesap implantou um Grupo de Trabalho de Saúde Indígena, que tem como missão qualificar a atenção à saúde indígena na interlocução com as regiões de saúde, municípios e comunidades.

“Estamos em momento de grande investimento da saúde do RN. Fomos escolhidos como estado-piloto para o aumento da cobertura da atenção primária pelo Ministério da Saúdee as populações indígenas terão espaço protagonista. Temos uma história de débitos com a população indígena. O colóquio é apenas o início de uma nova história. Temos muito a construir, a entender e quebrar os paradigmas. Precisamos unir forças com outras secretarias para conseguir avançar cada vez mais”, disse a secretária de saúde Lyane Ramalho.

Considerado um “marco histórico” pelo representante da Funai, o colóquio reuniu diferentes visões e apresentações das necessidades da população indígenas relacionadas à saúde. “Este é um marco do processo histórico de muita luta e articulação dos povos indígenas do RN. Quero agradecer a Sesap por respaldar este momento. Passamos por um processo complexo na última gestão federal e agora temos fôlego para seguir em frente”, ressaltou Bruno Dias.

Na visão de Giovana Mandulão, do Ministério da Saúde, o momento é de tomada de decisões. “Este é o momento de protagonismo indígena. Não foi fácil chegar aqui. Os povos indígenas seguem em resistência. São 523 anos de luta. Sabemos das nossas demandas. Hoje, o marco temporal é um genocídio legislado. Continuamos sofrendo. E este colóquio nos traz esperança”, refletiu.

Fonte: Agora RN

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